sexta-feira, 31 de julho de 2009

Aja

Sem mais palavras, veja a reportagem, de 1997, de Marcelo Canellas. Feita há mais de 10 anos, mas ainda atual.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ctrl C + Ctrl V

Uma vida difícil...
Ordem natural das coisas

Produto

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Grafite em série, parte 3

Vamos então à terceira reportagem da série grafite. O assunto é a evolução do grafite, da arte e dos traços do grafite. Ainda tem um pouco da história da entreda da mulher, muito bom!
Pra quem ainda não viu nem a primeira e nem a segunda reportagem, aí vai.
As ilustrações são de Alex Silva, o Pluto.

A evolução dos traços do grafite
Como esses desenhos foram ganhando o título de arte urbana

A prática de pintar em paredes é milenar. Quando descobriram as ruínas de Pompéia sobre as cinzas do Vesúvio várias inscrições nos muros da cidade foram descobertas, algumas de caráter político, outras de caráter escatológico ou sexual. “As superfícies verticais sempre foram privilegiadas para transmitir uma mensagem ao publico sem se identificar, principalmente nas cidades”, diz o cineasta e antropólogo da USP, Lucas Fretin. Através da história o piche evoluiu e foi ganhando o status de arte urbana, ganhou as galerias e, principalmente, o espaço urbano.

A aceitação do grafite como arte começou na década de 1980. Nesse período houve a valorização e a transformação em mercadoria da chamada "cultura de rua". Para a historiadora da UFF, Sandra Regina Soares da Costa, “o grafite tem um apelo visual muito forte, mais ainda quando são grandes pinturas, grandes murais. Na década de 1980 e 90, houve um contexto muito propício para seu desenvolvimento, tanto nos setores externos a ele, quanto por parte de seus membros. Tanto no nível mercadológico, quanto conceitual”, explica a professora.

O grafite tende a ser mais aceito pela sociedade que o piche, mas a ideologia dos dois movimentos se misturam e se confundem. Tanto o grafite como a pichação questionam e demonstram as contradições e desigualdades das grandes cidades no mundo. Os dois coexistem dentro do espaço urbano. Para o antropólogo da USP Alexandre Barbosa Pereira, essa é uma linguagem viva e muito rica, “tanto a pichação quanto o grafite contribuem para mostrar as contradições de nossa urbanização, ressaltando as desigualdades sociais gritantes numa cidade grande”, esclarece Pereira.
As mulheres descobrem o grafite

A arte de desenhar em paredes tem se modificado ao longo dos anos, e o que era um ambiente exclusivamente masculino, passou a ser frequentado por mulheres. São poucas as grafiteiras no circuito, mas elas existem e tentam mostrar sua arte. É o caso de Érica Davi, de 22 anos. Ela começou em 2007, através do projeto Artefeito. Apaixonou-se pela arte e não parou mais. Érika, com k, que é sua tag (codinome), diz que adora a atitude de pintar na rua. Esse sentimento é que move tantas outras meninas para o grafite, como Arnaquia, Ayla e Injah, todas participam do Artefeito.

Artefeito é uma ONG da Baixada Fluminense, mais precisamente de Nova Iguaçu. Lá as grafiteiras iniciantes recebem incentivo e aulas de desenho. A organização ainda promove eventos e agora tenta agilizar a venda de telas de suas grafiteiras. Mas Giordana Moreira, a líder da sociedade, faz questão de dizer que não é um grupo só do sexo feminino, “nós não queremos exclusividade”, diz Giordana.

A entrada das mulheres no mundo do grafite trouxe novos traços e um novo pensamento. Ainda há poucas meninas por uma série de motivos. “O grafite é uma arte proibida, feita na madrugada. É difícil para uma mulher sair nessa hora, perigosamente. Há também a questão materna. Quem vai cuidar dos filhos?”, arrisca uma explicação a produtora Giordana Moreira.

Mas mesmo com tantas dificuldades e preconceitos, Panmela Castro, a Anarquia, viajou o mundo mostrando seu grafite. Foi ao Uruguai, Argentina, Alemanha. Fez sucesso e grafites proibidos por lá. Quase foi presa, mas sobrevive dessa arte ingrata e masculina. Dá aula de Belas Artes numa faculdade particular e tem esperanças de mais mulheres no mundo do grafite.

Aguardem pela última reportagem da série. Sobre o mercado de trabalho e as possibilidades financeiras e mercadológicas do grafite.

domingo, 26 de julho de 2009

Imagens



Visite o blog do caos

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Águas passadas...

Quando eu era pequeno escutava essa música, e até gostava! Que vergonha...
Como relembrar é viver e eu estou sem paciência de pensar, vai P. O. Box mesmo. Estão é querendo fazer o movimento "volta P. O. Box". Mas acho que Papo de Jacaré já deu.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Grafite em série, parte 2

E hoje é dia da segunda reportagem da série grafite. Para quem ainda não viu a primeira, ainda da tempo. Veja a primeira reportagem da série!
As ilustrações ficam por conta de Diógenes Borges, o Genê.
A diferença entre grafite e Piche
A evolução da pichação em busca de reafirmação

Apesar do crescimento do grafite, ainda há muita confusão entre essa arte urbana e o piche. É difícil falar nessa diferença, pois os dois são manifestações de origem comum e utilizam o mesmo material e suporte para manifestar-se, que é a paisagem urbana. Grafitar é muito mais complexo que a pichação. Exige mais habilidades, mais empenho, há mais cores e elementos gráficos. O piche é mais uma demarcação de território, com letras estilizadas, monocromáticas e é tratado pela polícia como um ato criminoso.

Segundo o antropólogo da USP, Alexandre Barbosa Pereira, “o que acontece é que houve uma distinção externa muito forte entre piche e grafite. Pois este último foi mais enquadrado dentro do campo das artes plásticas e visto, portanto, como algo mais nobre. Enquanto, à pichação restou a classificação como sujeira, depredação e vandalismo”, explica o estudioso.

De fato, quem prática o desenho com spray não diferencia um do outro. Vinicius Pereira, que assina Siri em seus desenhos, diz que a maioria dos grafiteiros começou com a pichação. Siri começou no piche quando tinha 12 anos, hoje tem 26 e seu negócio é apenas grafitar. “Todo moleque passa por essa fase”, brinca o artista.


Sem identificar o transgressor, Alex Silva, o Pluto, conta um caso atípico no mundo da pichação. Pluto também já fez algumas assinaturas ilegais, mas hoje se dedica ao Hip Hop e, nas folgas, ao grafite.
- Tem uma rivalidade entre os pichadores. Quem chegar mais alto, for ao lugar mais difícil e tiver seu nome espalhado por mais lugares é o melhor. Tem um senhor, com mais ou menos 40 anos, que voltou a pichar. Aí ele sai de casa de carro, na madrugada, pichando. Não sobra para mais ninguém! – diz, em sigilo, Pluto.

Para a psicóloga Renata Dzu, esse fascínio exercido pela pichação é fruto da falta do que ela chama de marcas simbólicas e pela busca da adrenalina do perigo. “Os jovens modernos não tem referências suficientes. Daí as tatuagens e os piches. São essas marcas que constroem um indivíduo. Precisamos de marcas simbólicas”, diz Dzu.
A evolução do piche

A linguagem do piche tem evoluído. Antes eram apenas assinaturas, referências ao grupo de cada um. Agora, segundo Siri, “piche também é arte. Quando se cria um personagem e só faz aquilo, é um modo de pichação moderna”. Ainda há o bomber, que é uma assinatura em letra cheia, com duas ou mais cores, um meio termo entre o piche e o grafite.

Por melhor que seja a pichação, quem sofre o delito nunca fica satisfeito. Patrícia de Melo, 47 anos, mãe do adolescente Patrick, acha ridículo quem faz esse tipo de vandalismo. Os muros da casa simples, onde ela mora com o marido e mais três filhos em São Gonçalo, estão pichados.
- Uma noite vi uns meninos na minha janela, subindo de escada. Dei um grito. Eles não vem armados nem nada, só para pichar mesmo. Mas é assustador. Uma vez a polícia pegou os garotos e jogou no valão. Pintaram os meninos com o spray, foi uma forma de vingança – conta Patrícia.

Na casa ao lado mora José de Oliveira, que passa cal nas paredes a cada vez que sofre esses ataques. Mas nem todos são pacientes como “Seu Zé”, Irineu Cardoso, de 51, já desistiu de ter os muros limpos. Na casa de dois andares onde mora, os piches novos se misturam com os velhos deixando um ar sujo na residência.

Mas a revolta não se expande ao grafite. “O grafite é bacana”, resume Patrícia de Melo. É fácil reparar na maior tolerância aos grafiteiros. Enquanto há nos muros da cidade a frase “reservado para pichador amador”, numa tentativa de evitar o ataque da pichação, outros pedem que suas paredes sejam desenhadas pelos artistas urbanos, os grafiteiros.

Visite o blog e o flickr do Genê, que é gente finíssima!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Senhoras e senhores: o truque!

Quando eu era criança frequentava muito show de palhaço, meu pai era um. E dos bons! Mas ele nunca me ensinou os truques das mágicas que fazia. Mas como eu não sou mágico nem nada, resolvi revelar o truque abaixo. Quer dizer, eu não vou falar nada, só mostrar o que os gringos fazem.
Juro que não é vingança. Até hoje eu quero aprender algumas mágicas, mas a preguiça é grande...

E fiquem de olho porque amanhã tem a segunda reportagem da série Grafite.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Grafite em série, parte 1

Hoje e nos próximos 3 dias, vou apresentar uma série de reportagens que fiz sobre grafite. As matérias contam a história do grafite, como surgiu, a evolução, o mercado de trabalho, o que pensam os teóricos sobre isso e o principal: quem faz o grafite, os personagens dessa arte.
Enfim, é uma ótima chance de você conhecer mais sobre o grafite. Esse desenho que certamente você já viu na sua cidade.
As ilustrações de hoje são de um grafiteiro de São Gonçalo, Vinícius, mais conhecido como Siri.

Dos guetos americanos a favela brasileira
A história do grafite pelo mundo

Arte, segundo o dicionário Aurélio, “é a capacidade que tem o ser humano de pôr em prática uma ideia, valendo-se da faculdade de dominar a matéria”. É, também, “uma atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito de caráter estético, carregados de vivência pessoal e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo de prolongamento ou renovação”.

Renovação é o que busca a arte do grafite. Uma arte urbana, que surgiu nos guetos americanos, no final dos anos 1960 e início de 1970. Surgiu contestadora do racismo, da exclusão dos negros na sociedade americana. Até que o movimento cruzou o continente e veio aportar aqui no Brasil, nos anos 1980. Aos poucos conquistou respeito e espaço, tanto nas galerias quanto nas ruas, que é sua essência.

Segundo a historiadora e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Luciana Lombardo, o surgimento do grafite pode ter origens pré-históricas. “O homem das cavernas já pintava nas paredes. Desenhava sobre suas caças, as formas de plantar, mulheres e etc. Isso é o antecedente do grafite e do piche”, esclarece Lombardo.

O grafite atual é um braço da cultura Hip Hop, que é dividida em quatro: música, dança (mais conhecido como break), pintura e o duelo de rimas (que é uma forma de poesia). Para Alex Silva, na “pista” conhecido como Pluto, a cultura Hip Hop tem atravessado fronteiras e se expandido pelo basquete de rua e no Rap. Pluto é biboy, e biboy é aquele que dança break. Nas horas vagas também ataca de grafiteiro pelas ruas de São Gonçalo.


Grafite, a arte do protesto

O mais célebre grafiteiro é Jean Michel Basquiat, que no final dos anos 1970 encheu as ruas de Nova Iorque com protestos em forma de arte. Basquiat deixava mensagens pelos prédios abandonados de Manhattan e chamou atenção da imprensa por isso. Mas tarde ganharia o status de neo-expressionista e exposições pelo mundo.

No ano 1968, em Paris, o grafite fez parte da revolução. Estava lá, gritando nas ruas. Não era apenas em forma de desenhos, mas principalmente com palavras e frases de ordem. Era muito usado o stencil pelos jovens estudantes, que é um formato de pichação, uma espécie de fôrma já desenhada que o artista só preenche. Também participou da queda do socialismo na Alemanha. As pinturas escancaravam a insatisfação do povo e incitava a contestação do regime, até que o Muro de Berlim enfim caiu. “O grafite estava do lado ocidental, do lado democrático, porque na Alemanha Socialista não havia possibilidade de protestos dessa forma. Era um sistema repressor”, diz Luciana Lombardo.


Chegando ao Brasil, o grafite não perdeu essa essência contestadora. Nos muros das favelas ele protesta. “Só é grafite se for no muro”, diz Diógenes Borges, grafiteiro gonçalense. Genê, como Diógenes assina, completa: “Quando você pinta, você se comunica. A cor fala. E o grafite é a linguagem dos excluídos”.

Apesar da essência de rua e ideologia contestadora, o grafite ocupa cada vez mais as galerias de arte pelo mundo. Mas isso, de forma alguma, desmerece o talento desses artistas urbanos.


domingo, 19 de julho de 2009

Você não vale nada mas eu gosto de você

Natália Weber, aluna de jornalismo da UFF, fez esse vídeo mostrando as opiniões dos professores e alunos do IACS sobre a obrigatoriedade do diploma de jornalismo. A discussão continua...
Muito bem feito!
Aliás, Natália é editora do Enfoque - UFF, vale uma visita pra saber o que acontece no mundo universitário da UFF. Melhor ainda é ler a minha matéria sobre o processo de entrada e como é a vida nas cantinas dos campi. (Click aqui)

sábado, 18 de julho de 2009

Harry Potter e o enigma do Príncipe

Quinta-feria passada assisti ao bom filme da franquia de J.K. Rowling. O enigma do príncipe é instigante e prende o espectador durante a sessão. As mais de 2 horas de filme passam muito rápido.
Mesmo sem ter lido o livro, consegui acompanhar a história sem me perder ou sentir falta de alguma coisa. O roteiro foi bem amarrado, mas dizem que a cena do beijo entre Gina e Harry não condiz com o livro.
Mais do filme eu não conto, vá até o cinema porque vale a pena. Muitas coisas importantes vão acontecer na história do bruxo. O amor rola solto nesse filme, e não sor por conta de Harry Potter. E olha que eu não ganho nada pra falar isso! Por enquanto, para quem ainda não viu, vai o trailer.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Funk do Sarney

O octogenário ex-presidente da República e atual do Senado, José Sarney, não está passando por uma crise, ele é a crise em pessoa. Quando presidiu o Brasil não controlou a inflação, dirigiu os senadores por 2 vezes, esta é a terceira, e acobertou maracutaias que ainda nem temos conhecimento e agora o movimento Fora Sarney pega fogo na internet.
Ontem, 9 guerreiros invadiram a bagaça dos senadores. Um deles foi preso pelos bigodudos de Brasília, mas mesmo assim os "mano" resistiram e foram capa do jonal O Globo de hoje.

É isso aí, o Balaio Maluco também é a favor do "Fora Sarney"

Olha o Funk do Sarney, outro também que "não sabe" o que passa por baixo dos seus bigodes...

terça-feira, 14 de julho de 2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009

A segunda é do PacMan

Correndo no tempo

O moderno

terça-feira, 7 de julho de 2009

O fantasma de Michael Jackson

Em reportagem dentro da casa do Rei do Pop, o repórter da CNN pegou o fantasma do cantor andando pela casa. Veja o fantasma de Michael Jackson dançando o Moonwalk.
E aí, verdade ou mentira?

Questão de segurança

domingo, 5 de julho de 2009

Roger Federer, o maior de todos


O tenista suíço, Roger Federer bateu hoje o norte-americano Andy Roddick na final de Wimbledon e se tornou o maior campeão de Grand Slams da história do tênis. É o 15° título de Federer em Grand Slams. Pete Sampras, era o dono do recorde até hoje. Sampras estava na arquibancada e viu, ao vivo, seu recorde ser quebrado.
Numa partida épica, que durou 4h e 16m, com grandes tenistas na platéia, celebridades como Woody Allen privilegiando a partida, Federer e Roddick jogaram tudo o que sabem. As parciais mostram como foi difícil a vida do maior tenista de todos os tempos: 5/7, 7/6, 7/6, 3/6 e 16/14.
Viva Federer!

Em comemoração, o Balaio Maluco preparou um quadro sobre a um pouco da evolução do Tênis.

Informações da Folha de S. Paulo

sábado, 4 de julho de 2009

O erudito também é pop

Quem nunca escutou essa música de Bizet nas comemorações e pódios da Fórmula 1? Um trecho de Carmen, o prelúdio, pela Filarmonica de Berlim, espero que gostem.

Boas histórias

O jornalismo é, acima de tudo, a arte de contar uma boa história. E o veterano jornalista Ricardo Kotscho é craque em garimpa-las. Kotscho transforma o cotidiano de um brasileiro comun, numa excelente história.
Depois de muitos anos trabalhando nos principais jornais e revistas do Brasil, menos na Veja, como gosta de ressaltar, Ricardo entrou na nova empreeitada de criar a revista Brasileiros, que já circula há 2 anos e é mensal.
No site da revista há uma série de depoimentos, de brasileiros comuns, como nós. Contada com uma delicadeza pelos próprios e ilustrada por belas fotografias as historinhas são excelentes. Uma mostra de um jornalismo delicado e bem feito.
A história dessa semana é do taxista Naaliel Garzola.

 
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