domingo, 27 de dezembro de 2009

Matemática da vida

Nesse mundo existem gênios do conhecimento popular. Esse é o cara. Nota 10 na prova de conhecimento lógico.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Bandas do interior são boas!

Pelo interior do Brasil encontramos talentos que nem nas grandes cidades existem. Posso estar exagerando um pouco, mas a banda que indico para você neste post me impressionou. Fazendo covers, UprojetU levantou os jovens que acompanhavam o show.
Infelizmente, é muito difícil eles conseguirem sair de Viçosa, uma pequena cidade mineira, para a fama e a fortuna do show biz. Mas pelo menos por lá eles já são sucesso. Fizeram o maior público da casa, mais de 100 pessoas! Pode parecer pouco, mas o lugar é pequeno e tinha fila para entrar.
Veja o vídeo e diga o que acha de UprojetU

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A dança criativa é legal

De vez em quando fico zapeando e passo pelo canal Sesc TV, só passa dança. E ver um balé pela televisão é chato. Aliás, balé é um pouco chato. Legal mesmo foi quando vi minha prima se apresentando. Boa dançarina ela...
Dançar é bom se for a dois, num samba ou pé-de-serra.
Mas o vídeo abaixo me surpreendeu. O ser humano é um bicho criativo. Olha como o corpo pode se transformar em várias formas do cotidiano. Genial!

Pra não perder o compasso da dança, convido você a visitar o "A trilha Sonora". O postde hoje, por Luiza Baptista, é bem bacana. A história do José e a loja de discos raros, quase um sebo, "que troca, vende, compra, dá..." discos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A Trilha Sonora, O novo blog na praça


"Uma loja de discos perdida, na esquina da rua, mas que tem todas as melhores raridades. Uma banda antiga, com sucessos ainda vivos e uma biografia a ser contada. As melhores dicas e as ciladas dos shows que rolam por aí. A Trilha Sonora vai te guiar por essa aventura que é ser fã da música."

É a dica do dia. Visitem, vale a pena. Está apenas começando, mas as coisas estão bem feitinhas.

Aliás, siga também no twitter _ @atrilhasonora

O retorno das tirinhas

Educação brasileira
O fim do jornal impresso
Lar, doce lar
Criança esperta

domingo, 22 de novembro de 2009

Um sonho um pouco mais distante

Estava numa padaria lotada, mas não havia pães quentinhos saidos do forno. Estava muito quente, de fazer suar a pestana, mas a fornalha estava desligada. Só havia Flamenguistas por ali e a cerveja gelada saia mais que o costumeiro pãozinho, como num dia normal de padaria.
Eram mais de 50 pessoas que torciam pro Rubro negro carioca, inclusive eu e mais uns chatos. Um gritava que o gol estava maduro, mas ele teimou em não sair, apesar do esforço de Petkovic. O Fla perdeu algumas oportunidades e Adriano não foi o imperador do jogo. Aliás, Harley - o goleiro do Goiás - foi uma pequena muralha. E também contou com a sorte, pois a cobrança da flata de Pet passou muito perto.
No primeiro tempo, se não fosse Bruno o Goiás abriria o placar. O bom goleiro do time carioca fez defesas importantíssimas e garantiu o empate em 0 a 0. Um resultado que não foi bom para ninguém.
No intervalo do jogo, quem queria comprar seu pão para o lanche pôde, pois os torcedores sairam para reclamar do juiz. Diga-se, o árbitro não teve influência no resultado do jogo. A culpa pode cair na conta da alta espectativa e o nervosismo do time, que perdeu a chance de se tornar líder do Brasileirão com a derrota do São Paulo.
O segundo tempo foi melhor pro Fla e os torcedores voltaram à pequena padaria com a esperança de um gol, que não viria - apesar da insistência. Adriano perdeu um, na pequena área. Angelim fez belo drible, mas Harley defendeu o chute. Nem o goleiro Bruno, desesperado no ataque, conseguiu fazer o gol da liderança.
Ainda acredito no título, que já está assando no forno desde 1992. Na padaria onde hoje não se vendeu pão, os torcedores sairam com o sonho do título um pouco mais longe.

sábado, 5 de setembro de 2009

Retornamos em breve

Senhora e senhores, o Balaio Maluco está passando por uma reforma editorial e volta em breve. Aguardem as novidades, mas os posts por enquanto estão em falta.

Agradeço as visitas e lembro que o Balaio Maluco ainda não morreu.

Abraços e até breve

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Patriotismo

Vanusa, a musa do ie ie ie, é a figura abaixo. Alegando estar funcionando a base de remédios, errou o hino nacional. O pior de todo esse patriotismo, que o show aconteceu na Câmara de São Paulo.
Veja!

domingo, 30 de agosto de 2009

Como conquistar uma mulher

Desde que era pequeno ouvia lições de como conquistar uma mulher. Deve-se abrir a porta do carro, elogiar o cabelo recém cortado, levar flores e ir a bons restaurantes e etc. Os tempos mudaram um pouco e as táticas de papai ficaram um pouco ultrapassadas.
Mas mesmo assim tem muita gente que se dá bem usando os métodos antigos. Ainda mais num universo que a concorrencia é entre milhões. Tem que arrumar um jeito de se destacar, se não dança. Veja nesse vídeo como se faz!

Políticos

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

E com vocês...

Ninguém na história do Rock'n Roll mundial usou melhor a escala pentatônica do que JimmyPage. O guitarrista do Led Zeppelin fez história empunhando a Gibson Les Paul vermelha, e levou a banda inglesa ao pódio das melhores de todos os tempos. Param mim a melhor do rock!
Led Zeppelin começou a carreira em setembro de 1968, ano das revoluções. Formada do início ao fim pelos mesmos integrantes: Robert Plant (voz), Jimmy Page (guitarra), John Paul Jones (baixo) e John Bonhan (bateria). Todos músicos de primeira grandeza.
Sucesso durante a década de 70, o quarteto britânico vendeu mais de 300 milhões de discos pelo mundo. Além disso, foi a única banda a ter todos os álbuns entre os 10 mais, na lista da norte-americana Billboard!
Em 1980, com a morte do baterista Bonham, tem fim a lendária banda inglesa Led Zeppelin.
Essa é uma pincelada do momento musical. Com vocês, Led Zeppelin

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Prêmios!

Hoje é dia de premiação aqui no Balaio Maluco. E é muito bom quando o trabalho é reconhecido. O Jornaleiro de Plantão, blog muito bem guiado pelo Plínio. Um parceiro de 22 anos e futuro publicitário, que diz que nunca será jornalista (pena!).
Recebemos 3 prêmios. E vamos a eles:
O primeiro selo é o "Este blog acerta em cheio".

De acordo as regras do jogo, tenho que indicar 10 blogs a receber o mesmo prêmio

Para receber os outros 2 selos indico os mesmos acima, pois realmente vale a visita. Não quero indicar qualquer um pra você dar com os burros n'água.


Imagens

Cão de guarda
Micromorte
Motorista de primeira
Sabedoria masculina

sábado, 22 de agosto de 2009

O Maluco Beleza não morreu

Há 20 anos e aos 44 de idade, morria o maior roqueiro dessa nação. Raul Seixas sofria de pancreatite aguda, causada pelo excesso de bebida. Apesar do fim trágico e precoce, deixou um acervo enorme que sempre apresenta novidades.
Ontem houve passeata em São Paulo; livros serão lançados esse ano - sem contar os já existentes; e o lançamento de um documentário, marcado para dezembro desse ano, não nos deixam esquecer (como se fosse possível) desse artista baiano. O filme é: "Raul Seixas, o início, o fim e o meio" de Walter Carvalho e Evaldo Mocarzel.
Raul idealizava uma sociedade alternativa, sempre proibida pela ditadutara. Por isso, foi um artista muito combatido pelos militares. Em 1974, O Maluco Beleza foi chamado para compor uma trilha para a novela "O rebu", da Rede Globo. Mas os "milicos" barraram a canção, que precisou ser rebatizada.
O Balaio Maluco traz agora as 2 versões. Por quê, a adaptada. E Gospel, a censurada.
Por quê - Raul Seixas e Paulo Coelho
Gospel - Raul Seixas e Paulo Coelho
"Gospel" é uma música inédita, que não chegou a ser gravada por Raul. O produtor Mazzola achou a canção numa fita K7, em péssimas condições. Então, num processo de estúdio, retirou apenas a voz de Seixas e chamou os músicos que tocavam com ele na época para gravarem. E essa é a história de Gospel, a música proibida.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ídolos - contra o preconceito

Ídolos é um programa que vejo mais por achar engraçado, que para tentar achar um talento. Mas de vez em quando, bem de vez em quando, o programa surpreende positivamente.
Então aparece a candidata Lívia Mendonça. No programde quarta, entrou tímida e cantou bem, num tom muito parecido com Maria Betânia - voz consagrada na MPB.
Apesar de muito difícil ser comparada a Maria Betânia, o maior feito de Lívia foi não ser julgada "pela, digamos, opção sexual dela", como disse a mãe, que estava com a filha no teste. Lívia é travesti e o programa Ídolos nem pensou nisso. Ponto para o programa, pois talento é talento!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ligando o nome a pessoa



quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Beba bem gelado!

Coca-cola não é meu refrigerante favorito, mas eu sou obrigado a admitir que a empresa é um fenômeno de marketing e propaganda. Repare nas mudanças na logo das marcas. Como diria o poeta: em time que está ganhando não se mexe. E a Pepsi corre atrás há 2 séculos.
O que mudou o rumo da Coca e a colocou na liderança do mercado, foi a simples e magnífica ideia de colocar no rótulo a dica: Beba bem gelado. A partir daí passou a ser o refri mais famoso do mundo.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O Rapporter

Um dia desses estava zapeando pela TV e parei no programa do Supla, o Brothers of Brazil. Adorei a ideia de um repórter fazendo rimas: o Rapporter.
Além de fazer boas perguntas, ele ainda um jeito de rimar. O que é um pouco difícil.
Esse vídeo já tem um tempinho. É da época da final do Paulistão, entre Santos e Corinthians. Já sabemos o resultado do jogo, o Corinthians foi campeão, mas mesmo assim vale a pena ver a matéria.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Reforma ortográfica popular

Agricultura orgânica
Deve ficar bem num cachorrão
Senso de oportunidade
Sinta-se em casa

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Jesus, o sacana




Sem heresias. Eu não sou um herege e nem quero ir pro inferno. Mas que Jesus era um sacana... Vi no Capinaremos.com

domingo, 9 de agosto de 2009

Beatles na faixa de pedrestres


Ontem fez 40 anos da mais famosa capa de disco. O álbum lançado em 1969, o 12° da banda, marcou época e foi considerado um dos melhores da carreira dos Beatles. A foto foi tirada na Abbey Road, rua que também deu nome ao disco. O penúltimo da banda, mas o último a ser gravado. Let it be foi gravado antes, porém lançado depois de Abbey Road.
Na imagem, Ringo Star, Paul McCartney, George Harrison e John Lennon caminham sobre a faixa de pedestre da rua de Londres. As brigas internas não aparecem nessa harmoniosa foto, mas a banda dos garotos de Liverpool estava nos extertores.

Something é faixa do Abbey Road e uma das canções que mais se destacaram. A balada de George Harrison, que está do lado A do disco, é umas das melhores do álbum.

sábado, 8 de agosto de 2009

A estratégia de guerra

Em 1939 teve início um dos períodos mais tristes da história da humanidade. A Segunda Guerra Mundial, liderada pela Alemanha de Hitler, matou milhares de pessoas - principalmente judeus, ciganos e negros.
Mas o que pouca gente sabe, é como Adolf Hitler estudava as estratégias. Ele era muito bom no War. E era no tabuleiro que ele escolhia as táticas de guerra e os melhores movimentos das Potências do Eixo, que ainda contava com a Itália de Benito Mussolini e o Japão de Tojo Hideki.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Tirinhas!

Inteligência Branca

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O jogo de xadrez

Estava revendo o blog e redescobri algumas coisas. 1) Eu ainda não aprendi a jogar xadrez e 2) o vídeo continua muito bom!
Adoro criatividade

Eu sempre tive vontade de saber jogar xadrez. Eu sei as regras básicas, mas não posso falar que sei jogar. Acho elegante, mas nunca tive paciência de aprender bem aprendido. Mas se todo tabuleiro de xadrez fosse assim, do jeito que vocês vão ver no vídeo, eu teria aprendido a jogar muito melhor do que eu sei. É muito mais legal!
Então olha isso! E veja se dá gosto de jogar.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Grafite em série, parte 4 (final)

Hoje é a última reportagem da série. Não fiquem tristes que farei mais reportagens. As fotos de hoje são de uma exposição em São João de Meriti, cidade na Baixada Fluminense. Um evento organizado pelo grupo Artefeito. O grupo é novo, predominantemente feminino e luta por um espaço nesse mundo masculino do grafite. E luta bravamente! A tela abaixo foi feita pela artista Anarkia e abre os trabalhos.

A falta de apoio ao grafite

Maioria dos artistas tem outro emprego

“Em São Gonçalo, é quase impossível viver exclusivamente do grafite”, lamenta Vinícius Pereira, o Siri, desenhista do grafite. É uma arte pouco valorizada no circuito profissional e quase todos os grafiteiros tem um emprego secundário. É o caso de André Gomes, artista que no circuito é Bata. André começou a desenhar nas ruas do Rio de Janeiro há quatro anos, mas mora em São Gonçalo e trabalha como balconista para completar o orçamento.

Siri lamenta a falta de apoio. Ele comanda um projeto social, o “Prioridade São Gonçalo”. Lá os alunos tem aulas de grafite e desenho, inglês, computação, violão, Break Dance e Teatro.

- Tínhamos o apoio de um vereador, mas ele perdeu a eleição e expulsou a gente do espaço. E logo no dia seguinte ao resultado, não esperou nada! Depois fizemos uma parceria, mas a outra parte ganhava dinheiro por fora. Estamos à procura de novos apoiadores – avisa Vinícius Siri. Para ganhar a vida, mesmo morando com a mãe, Siri é técnico em informática.

Saco de Pão - Mimi

Aos poucos o mercado está investindo no grafite

Diógenes Borges, o Gene, é um dos poucos que consegue se sustentar através do grafite. Formado em Belas Artes, ele participa de projetos da Ampla, empresa de energia elétrica do Rio de Janeiro. Segundo Genê, em São Gonçalo não há campo para a profissionalização. “No Rio é melhor, mas em São Paulo é outra coisa. Há bem mais espaço”, lamenta o artista urbano. Realmente na capital paulista estão os trabalhos mais bem remunerados. Os paulistanos Gêmios são os grafiteiros brasileiros mais famosos pelo mundo e agitam o circuito de São Paulo.

Grafite da artista Aila

Gene ressalta o mercado que está se formando por causa do grafite. Há fábricas de spray, de tintas, lojas especializadas, vários tipos de “bicos” e outras novidades importadas. Além disso, o marketing utiliza o grafite como forma de propaganda. Mas Borges polemiza: “grafite é no muro, da comunidade e na comunidade. Meu trabalho pode ser efêmero, mas impactante”.

domingo, 2 de agosto de 2009

Construindo o mundo

Quando era criança ficava horas montando quebra cabeças com minha avó. Depois de grande perdi a mania, estou esperando a chegada dos netos. Que vai demorar. Mas enquanto não chega me divirto com esse aqui. Recebi a dica ontem. O objetivo é montar o mapa mundi no menor tempo possível. Meu recorde é de 6 min e 23 segundos. Foi na segunda tentativa.

Clique aqui e jogue, é divertido!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Aja

Sem mais palavras, veja a reportagem, de 1997, de Marcelo Canellas. Feita há mais de 10 anos, mas ainda atual.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ctrl C + Ctrl V

Uma vida difícil...
Ordem natural das coisas

Produto

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Grafite em série, parte 3

Vamos então à terceira reportagem da série grafite. O assunto é a evolução do grafite, da arte e dos traços do grafite. Ainda tem um pouco da história da entreda da mulher, muito bom!
Pra quem ainda não viu nem a primeira e nem a segunda reportagem, aí vai.
As ilustrações são de Alex Silva, o Pluto.

A evolução dos traços do grafite
Como esses desenhos foram ganhando o título de arte urbana

A prática de pintar em paredes é milenar. Quando descobriram as ruínas de Pompéia sobre as cinzas do Vesúvio várias inscrições nos muros da cidade foram descobertas, algumas de caráter político, outras de caráter escatológico ou sexual. “As superfícies verticais sempre foram privilegiadas para transmitir uma mensagem ao publico sem se identificar, principalmente nas cidades”, diz o cineasta e antropólogo da USP, Lucas Fretin. Através da história o piche evoluiu e foi ganhando o status de arte urbana, ganhou as galerias e, principalmente, o espaço urbano.

A aceitação do grafite como arte começou na década de 1980. Nesse período houve a valorização e a transformação em mercadoria da chamada "cultura de rua". Para a historiadora da UFF, Sandra Regina Soares da Costa, “o grafite tem um apelo visual muito forte, mais ainda quando são grandes pinturas, grandes murais. Na década de 1980 e 90, houve um contexto muito propício para seu desenvolvimento, tanto nos setores externos a ele, quanto por parte de seus membros. Tanto no nível mercadológico, quanto conceitual”, explica a professora.

O grafite tende a ser mais aceito pela sociedade que o piche, mas a ideologia dos dois movimentos se misturam e se confundem. Tanto o grafite como a pichação questionam e demonstram as contradições e desigualdades das grandes cidades no mundo. Os dois coexistem dentro do espaço urbano. Para o antropólogo da USP Alexandre Barbosa Pereira, essa é uma linguagem viva e muito rica, “tanto a pichação quanto o grafite contribuem para mostrar as contradições de nossa urbanização, ressaltando as desigualdades sociais gritantes numa cidade grande”, esclarece Pereira.
As mulheres descobrem o grafite

A arte de desenhar em paredes tem se modificado ao longo dos anos, e o que era um ambiente exclusivamente masculino, passou a ser frequentado por mulheres. São poucas as grafiteiras no circuito, mas elas existem e tentam mostrar sua arte. É o caso de Érica Davi, de 22 anos. Ela começou em 2007, através do projeto Artefeito. Apaixonou-se pela arte e não parou mais. Érika, com k, que é sua tag (codinome), diz que adora a atitude de pintar na rua. Esse sentimento é que move tantas outras meninas para o grafite, como Arnaquia, Ayla e Injah, todas participam do Artefeito.

Artefeito é uma ONG da Baixada Fluminense, mais precisamente de Nova Iguaçu. Lá as grafiteiras iniciantes recebem incentivo e aulas de desenho. A organização ainda promove eventos e agora tenta agilizar a venda de telas de suas grafiteiras. Mas Giordana Moreira, a líder da sociedade, faz questão de dizer que não é um grupo só do sexo feminino, “nós não queremos exclusividade”, diz Giordana.

A entrada das mulheres no mundo do grafite trouxe novos traços e um novo pensamento. Ainda há poucas meninas por uma série de motivos. “O grafite é uma arte proibida, feita na madrugada. É difícil para uma mulher sair nessa hora, perigosamente. Há também a questão materna. Quem vai cuidar dos filhos?”, arrisca uma explicação a produtora Giordana Moreira.

Mas mesmo com tantas dificuldades e preconceitos, Panmela Castro, a Anarquia, viajou o mundo mostrando seu grafite. Foi ao Uruguai, Argentina, Alemanha. Fez sucesso e grafites proibidos por lá. Quase foi presa, mas sobrevive dessa arte ingrata e masculina. Dá aula de Belas Artes numa faculdade particular e tem esperanças de mais mulheres no mundo do grafite.

Aguardem pela última reportagem da série. Sobre o mercado de trabalho e as possibilidades financeiras e mercadológicas do grafite.

domingo, 26 de julho de 2009

Imagens



Visite o blog do caos

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Águas passadas...

Quando eu era pequeno escutava essa música, e até gostava! Que vergonha...
Como relembrar é viver e eu estou sem paciência de pensar, vai P. O. Box mesmo. Estão é querendo fazer o movimento "volta P. O. Box". Mas acho que Papo de Jacaré já deu.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Grafite em série, parte 2

E hoje é dia da segunda reportagem da série grafite. Para quem ainda não viu a primeira, ainda da tempo. Veja a primeira reportagem da série!
As ilustrações ficam por conta de Diógenes Borges, o Genê.
A diferença entre grafite e Piche
A evolução da pichação em busca de reafirmação

Apesar do crescimento do grafite, ainda há muita confusão entre essa arte urbana e o piche. É difícil falar nessa diferença, pois os dois são manifestações de origem comum e utilizam o mesmo material e suporte para manifestar-se, que é a paisagem urbana. Grafitar é muito mais complexo que a pichação. Exige mais habilidades, mais empenho, há mais cores e elementos gráficos. O piche é mais uma demarcação de território, com letras estilizadas, monocromáticas e é tratado pela polícia como um ato criminoso.

Segundo o antropólogo da USP, Alexandre Barbosa Pereira, “o que acontece é que houve uma distinção externa muito forte entre piche e grafite. Pois este último foi mais enquadrado dentro do campo das artes plásticas e visto, portanto, como algo mais nobre. Enquanto, à pichação restou a classificação como sujeira, depredação e vandalismo”, explica o estudioso.

De fato, quem prática o desenho com spray não diferencia um do outro. Vinicius Pereira, que assina Siri em seus desenhos, diz que a maioria dos grafiteiros começou com a pichação. Siri começou no piche quando tinha 12 anos, hoje tem 26 e seu negócio é apenas grafitar. “Todo moleque passa por essa fase”, brinca o artista.


Sem identificar o transgressor, Alex Silva, o Pluto, conta um caso atípico no mundo da pichação. Pluto também já fez algumas assinaturas ilegais, mas hoje se dedica ao Hip Hop e, nas folgas, ao grafite.
- Tem uma rivalidade entre os pichadores. Quem chegar mais alto, for ao lugar mais difícil e tiver seu nome espalhado por mais lugares é o melhor. Tem um senhor, com mais ou menos 40 anos, que voltou a pichar. Aí ele sai de casa de carro, na madrugada, pichando. Não sobra para mais ninguém! – diz, em sigilo, Pluto.

Para a psicóloga Renata Dzu, esse fascínio exercido pela pichação é fruto da falta do que ela chama de marcas simbólicas e pela busca da adrenalina do perigo. “Os jovens modernos não tem referências suficientes. Daí as tatuagens e os piches. São essas marcas que constroem um indivíduo. Precisamos de marcas simbólicas”, diz Dzu.
A evolução do piche

A linguagem do piche tem evoluído. Antes eram apenas assinaturas, referências ao grupo de cada um. Agora, segundo Siri, “piche também é arte. Quando se cria um personagem e só faz aquilo, é um modo de pichação moderna”. Ainda há o bomber, que é uma assinatura em letra cheia, com duas ou mais cores, um meio termo entre o piche e o grafite.

Por melhor que seja a pichação, quem sofre o delito nunca fica satisfeito. Patrícia de Melo, 47 anos, mãe do adolescente Patrick, acha ridículo quem faz esse tipo de vandalismo. Os muros da casa simples, onde ela mora com o marido e mais três filhos em São Gonçalo, estão pichados.
- Uma noite vi uns meninos na minha janela, subindo de escada. Dei um grito. Eles não vem armados nem nada, só para pichar mesmo. Mas é assustador. Uma vez a polícia pegou os garotos e jogou no valão. Pintaram os meninos com o spray, foi uma forma de vingança – conta Patrícia.

Na casa ao lado mora José de Oliveira, que passa cal nas paredes a cada vez que sofre esses ataques. Mas nem todos são pacientes como “Seu Zé”, Irineu Cardoso, de 51, já desistiu de ter os muros limpos. Na casa de dois andares onde mora, os piches novos se misturam com os velhos deixando um ar sujo na residência.

Mas a revolta não se expande ao grafite. “O grafite é bacana”, resume Patrícia de Melo. É fácil reparar na maior tolerância aos grafiteiros. Enquanto há nos muros da cidade a frase “reservado para pichador amador”, numa tentativa de evitar o ataque da pichação, outros pedem que suas paredes sejam desenhadas pelos artistas urbanos, os grafiteiros.

Visite o blog e o flickr do Genê, que é gente finíssima!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Senhoras e senhores: o truque!

Quando eu era criança frequentava muito show de palhaço, meu pai era um. E dos bons! Mas ele nunca me ensinou os truques das mágicas que fazia. Mas como eu não sou mágico nem nada, resolvi revelar o truque abaixo. Quer dizer, eu não vou falar nada, só mostrar o que os gringos fazem.
Juro que não é vingança. Até hoje eu quero aprender algumas mágicas, mas a preguiça é grande...

E fiquem de olho porque amanhã tem a segunda reportagem da série Grafite.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Grafite em série, parte 1

Hoje e nos próximos 3 dias, vou apresentar uma série de reportagens que fiz sobre grafite. As matérias contam a história do grafite, como surgiu, a evolução, o mercado de trabalho, o que pensam os teóricos sobre isso e o principal: quem faz o grafite, os personagens dessa arte.
Enfim, é uma ótima chance de você conhecer mais sobre o grafite. Esse desenho que certamente você já viu na sua cidade.
As ilustrações de hoje são de um grafiteiro de São Gonçalo, Vinícius, mais conhecido como Siri.

Dos guetos americanos a favela brasileira
A história do grafite pelo mundo

Arte, segundo o dicionário Aurélio, “é a capacidade que tem o ser humano de pôr em prática uma ideia, valendo-se da faculdade de dominar a matéria”. É, também, “uma atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito de caráter estético, carregados de vivência pessoal e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo de prolongamento ou renovação”.

Renovação é o que busca a arte do grafite. Uma arte urbana, que surgiu nos guetos americanos, no final dos anos 1960 e início de 1970. Surgiu contestadora do racismo, da exclusão dos negros na sociedade americana. Até que o movimento cruzou o continente e veio aportar aqui no Brasil, nos anos 1980. Aos poucos conquistou respeito e espaço, tanto nas galerias quanto nas ruas, que é sua essência.

Segundo a historiadora e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Luciana Lombardo, o surgimento do grafite pode ter origens pré-históricas. “O homem das cavernas já pintava nas paredes. Desenhava sobre suas caças, as formas de plantar, mulheres e etc. Isso é o antecedente do grafite e do piche”, esclarece Lombardo.

O grafite atual é um braço da cultura Hip Hop, que é dividida em quatro: música, dança (mais conhecido como break), pintura e o duelo de rimas (que é uma forma de poesia). Para Alex Silva, na “pista” conhecido como Pluto, a cultura Hip Hop tem atravessado fronteiras e se expandido pelo basquete de rua e no Rap. Pluto é biboy, e biboy é aquele que dança break. Nas horas vagas também ataca de grafiteiro pelas ruas de São Gonçalo.


Grafite, a arte do protesto

O mais célebre grafiteiro é Jean Michel Basquiat, que no final dos anos 1970 encheu as ruas de Nova Iorque com protestos em forma de arte. Basquiat deixava mensagens pelos prédios abandonados de Manhattan e chamou atenção da imprensa por isso. Mas tarde ganharia o status de neo-expressionista e exposições pelo mundo.

No ano 1968, em Paris, o grafite fez parte da revolução. Estava lá, gritando nas ruas. Não era apenas em forma de desenhos, mas principalmente com palavras e frases de ordem. Era muito usado o stencil pelos jovens estudantes, que é um formato de pichação, uma espécie de fôrma já desenhada que o artista só preenche. Também participou da queda do socialismo na Alemanha. As pinturas escancaravam a insatisfação do povo e incitava a contestação do regime, até que o Muro de Berlim enfim caiu. “O grafite estava do lado ocidental, do lado democrático, porque na Alemanha Socialista não havia possibilidade de protestos dessa forma. Era um sistema repressor”, diz Luciana Lombardo.


Chegando ao Brasil, o grafite não perdeu essa essência contestadora. Nos muros das favelas ele protesta. “Só é grafite se for no muro”, diz Diógenes Borges, grafiteiro gonçalense. Genê, como Diógenes assina, completa: “Quando você pinta, você se comunica. A cor fala. E o grafite é a linguagem dos excluídos”.

Apesar da essência de rua e ideologia contestadora, o grafite ocupa cada vez mais as galerias de arte pelo mundo. Mas isso, de forma alguma, desmerece o talento desses artistas urbanos.


 
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